Durante as obras de macrodrenagem da Avenida Atlântica, os quiosques de milho e churros de Balneário Camboriú funcionarão em estruturas provisórias, porque com a reurbanização haverá novos modelos.
O modelo provisório foi definido em conjunto entre os permissionários e a prefeitura, em reunião realizada no gabinete da prefeita Juliana Pavan recentemente.
Projeto provisório proposto pelos permissionários
O presidente da Associação dos Pontos de Milho e Churros de Balneário Camboriú, Edimar dos Santos Souza disse que o projeto dos quiosques provisórios foi elaborado pelos próprios permissionários e apresentado à gestão municipal.
“A prefeita foi muito receptiva à proposta. A ideia é que esses pontos sejam provisórios durante a obra. O modelo escolhido foi focado na segurança, estética e também na ibilidade visual, priorizamos que quem a de carro continue vendo o mar, e não a parte inferior dos quiosques”, explicou.
Novo modelo reduz tamanho e libera mais espaço de praia
Os quiosques provisórios serão menores que os atuais: arão de 6x3m para 4x3m. Isso vai liberar cerca de 2 metros em cada ponto, o que, segundo Edimar, representa um ganho de aproximadamente 600 metros de área de praia.
“A estrutura foi pensada para ser leve, móvel e em conformidade com as normas da SPU (Secretaria do Patrimônio da União). O deck será de madeira, a estrutura em branco, o toldo na cor areia, conforme orientação do projetista, para manter um visual mais limpo e discreto”, acrescentou.
Custo será arcado pelos próprios permissionários
A prefeitura chegou a apresentar outros dois modelos, um deles em container, mas a estrutura seria mais cara do que a apresentada pela associação, e como se trata de um modelo provisório, a associação convenceu a prefeita de que o modelo deles é mais viável.
Cada estrutura provisória terá um custo aproximado de R$ 25,5 mil (um pouco menos se contar que a maioria dos quiosques já têm equipamento de churros, que custa cerca de R$ 5 mil), valor que será totalmente arcado pelos permissionários.
A composição do custo inclui toldo, deck, módulo de milho em ACM (que não enferruja), caixa de guarda-sol, máquina de churros e parte sanitária.
“É um investimento necessário para manter nossa atividade durante a obra. Sabemos que é temporário, e no futuro a prefeitura fará os pontos definitivos, com a reurbanização da Avenida Atlântica”, afirmou o presidente.
Macrodrenagem afeta atividade de dezenas de pontos

Atualmente estão ativos 136 pontos de milho e churros na Praia Central, além de 10 em Laranjeiras, três em Taquaras e um no Estaleirinho.
No ado, o total chegou a 187, número que ainda é mantido na numeração atual (o primeiro ponto é o 1 e o último é o 187, mesmo não estando mais todos ativos).
Segundo Edimar, há muitos permissionários que estão com os pontos fechados neste momento, devido ao avanço da obra e também à baixa temporada.
“A macrodrenagem está sendo executada do ponto 1 ao ponto 93, do Pontal Norte até a Rua 2.000. Como não há previsão exata para cada demolição, muitos preferiram já fechar, já que precisam parar por pelo menos 30 dias antes e mais 30 para reconstruir. O inverno também pesa nessa decisão”, contou.
A preocupação com a manutenção dos pontos foi levada à prefeita ainda durante a campanha eleitoral. Segundo Edimar, o projeto já havia sido aprovado na gestão de Fabrício Oliveira, e foi reapresentado à nova istração em reuniões com o secretário de Planejamento, Carlos Humberto Silva, e equipe técnica da prefeitura.
“A prefeita entendeu nosso projeto, pediu só a reafirmação documental da aprovação dos permissionários, o que fizemos ontem, quinta-feira (29), em reunião com todos os associados”, explicou.
Projeto: aprovação unânime e documentação protocolada

Na reunião da associação, realizada com todos os permissionários da Praia Central, houve aprovação unânime do projeto provisório.
A documentação, incluindo ata da assembleia realizada em setembro de 2024, foi organizada e protocolada nesta sexta-feira (30).
“A prefeita deixou claro que está junto conosco e que concorda com o projeto. Agora, dependemos apenas da liberação formal para começar a montagem. Já temos toda a parte documental em dia com a prefeitura, inclusive o documento de autorização que precisa ser renovado a cada seis meses”, finalizou Edimar.
A expectativa é que, com a liberação da prefeitura, os primeiros quiosques com a nova estrutura, no trecho que já ou a obra da macrodrenagem, no Pontal Norte, comecem a ser montados já nos próximos dias.